O filme Juan e a Bailarina (foto), de Raphael Aguinaga, foi o grande vencedor da mostra competitiva do Festival de Cinema Brasileiro de Paris. O longa disputou com produções como Era uma Vez eu, Verônica, Colegas, Disparos, O Som ao Redor, A Floresta de Jonathas e A Busca. Coprodução entre Brasil, Argentina e França, Juan e a Bailarina conta as aventuras de um grupo bastante eclético de idosos, confinados num asilo, que fica sabendo que a Igreja Católica clonou Jesus, exatamente no mesmo momento em que a rotina do local vira de pernas pro ar por causa das férias e da ausência de um mês da enfermeira que cuida deles.
Em sua 15ª edição, o Festival recebeu um público de mais de quatro mil pessoas em sete dias de exibição de filmes nacionais no cinema L’Arlequin. Os espectadores lotaram as estreias de Histórias de Arcanjo, de Guilherme Azevedo e Bruno Quintella, e Viramundo, de Pierre-Yves Borgeaud. Exibido na abertura do festival, Gonzaga – De Pai para Filho, do diretor Breno Silveira, foi aplaudido por mais de dois minutos pelos presentes na sessão. A procura do público também foi expressiva para a sessão de O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho. Com sala lotada, a obra conta as mudanças na vida de uma rua de classe-média na zona sul do Recife, após a chegada de uma milícia que oferece a paz de espírito da segurança particular.