No mês que celebra a cultura chinesa no Brasil, a Mostra de Cinema Chinês promove visibilidade e acesso gratuito à rica linguagem cinematográfica do país. Com longas-metragens de grandes mestres do cinema chinês, a programação está disponível até dia 31 de outubro.
A curadoria, assinada por Alê Amazônia e Lucas Chen, dois brasileiros da área cultural com forte relação com a cultura chinesa, selecionou obras clássicas e contemporâneas. O evento reúne produções pouco disponíveis e de longas-metragens que ainda não tinham tradução no Brasil, além de oferecer acessibilidade para todo o país, com filmes que podem ser vistos remotamente, inclusive em regiões onde não há salas de cinema.
A programação on-line exibe um resgate histórico, com cinco obras clássicas e icônicas dos primórdios da cinematografia chinesa. Celebrando o aniversário de 100 anos do cineasta Xie Jin – considerado um dos maiores realizadores da história do cinema chinês, duas de suas obras iniciais serão, pela primeira vez, traduzidas para o português: Jogadora de Basquete nº 5, filme que lhe deu projeção nacional, e Grande Li, Pequeno Li e Velho Li, comédia reverenciada pelos chineses até os dias atuais.
Outros três clássicos da 1ª e da 2ª geração do cinema chinês, também pela primeira vez legendados para a língua portuguesa, completam a programação: o épico A Longa Estrada, de Sun Yu; a comédia Viva a Senhora!, de Sang Hu, e o pioneiro do terror Sons na Meia-noite, de Ma-Xu Weibang.
Os filmes que compõem a programação on-line estão disponíveis no site oficial.
Já a programação presencial, em Campinas (SP), acontece até 29 de setembro, na Sala Umuarama do Instituto CPFL. Nela, a Mostra traz outro ponto de vista do cinema chinês, exibindo oito filmes da chamada 5ª geração de cineastas, do final dos anos 90 e meados de 2000, alguns destes já conhecidos e renomados, que merecem serem vistos ou revistos.
São eles Herói, O Clã Das Adagas Voadoras e Nenhum a Menos, de Zhang Yimou, talvez o cineasta chinês mais conhecido da última década; Sons da Alma, de Chen Kaige; Carteiro nas Montanhas, de Hou Jianqi; o premiado Minha Doce Amarga Taiwan, de Zheng Dongtian; Meu 1919, de Huang Jianzhong, e A Ferrovia nas Nuvens, de Feng Xiaoning. Todos os filmes nas sessões presenciais terão intérprete em libras.